A coluna vertebral é um sistema complexo que, além de proteger a espinha dorsal, garante nossa locomoção e a realização de atividades do dia a dia. Com isso, qualquer desvio em sua estrutura requer atenção, pois traz prejuízos para a saúde e a qualidade de vida.
Algumas pessoas, por exemplo, têm a parte superior da coluna mais arredondada (chamada popularmente de corcunda): são os casos de cifose, que podem ter diferentes causas, sendo uma delas a má postura.
Quer entender mais sobre essa doença da coluna vertebral? Então, acompanhe nosso post para ficar por dentro dos sintomas, das formas de fazer o diagnóstico e dos tratamentos para a cifose!
O que é cifose?
A coluna vertebral apresenta quatro curvas fisiológicas, sendo uma delas chamada de cifose torácica. Trata-se de quando o ângulo dessa região fica mais aberto ou fechado do que o normal, caracterizando a cifose ou hipercifose.
Nessa condição, as vértebras e os discos da região do tórax estão na posição errada. Há uma curvatura na parte superior da coluna, por isso a pessoa projeta a cabeça, os ombros e o pescoço para a frente.
Se essa curvatura não for muito acentuada, o indivíduo apresenta apenas um desconforto estético. Porém, em casos mais severos, pode haver muita dor e até o impedimento de realizar tarefas rotineiras.
Quais são as causas da doença?
Muitas vezes não se sabe a causa real da cifose, mas é possível associar alguns fatores ao surgimento dessa doença na coluna, como:
- má postura — sentar-se de maneira inadequada, principalmente no trabalho, e carregar pesos incorretamente provocam a curvatura da coluna nessa região;
- sedentarismo — a falta de atividade física enfraquece a coluna, deixando-a mais exposta a desvios como a cifose;
- idade — é comum que, com o avanço da idade, venha a perda de massa óssea, o que pode levar a um desvio na parte superior da coluna;
- osteocondrite — a inflamação de ossos e cartilagens, principalmente em pessoas mais jovens, pode causar cifose;
- osteoporose — os ossos ficam mais frágeis e podem levar a desvios na coluna;
- malformação das vértebras — pode ser uma consequência da doença de Scheuermann e faz com que os ossos da coluna saiam da posição ideal;
- doenças reumatológicas — provocam o desgaste de articulações, comprometendo a curvatura da coluna;
- traumas — se a pessoa sofrer um acidente e a coluna for atingida, a calcificação dos ossos na reabilitação pode ocorrer de maneira anormal, levando ao surgimento da cifose.
Quais são os tipos e sintomas da cifose?
Existem três tipos da doença:
- cifose congênita — a pessoa já nasce com essa deformidade na coluna;
- cifose adquirida — surge em decorrência de doenças como a osteoporose ou devido a algum trauma na coluna;
- cifose postural — aparece devido à má postura. Em meninas, por exemplo, pode ser decorrente do crescimento das mamas e da tentativa de escondê-las por vergonha. Nos meninos mais altos, a cifose costuma resultar de uma tentativa de disfarçar a altura para que não fiquem diferentes dos demais;
- cifose idiopática — trata-se de quando não há uma causa definida.
Para alguns indivíduos, a cifose pode não apresentar sintomas, apenas a curvatura mais evidente na região superior da coluna, com a cabeça, os ombros e o pescoço projetados para a frente. No entanto, a doença inclui os seguintes sinais:
- dor intensa, em caso de desvios mais severos;
- dor após a prática de atividades físicas;
- rigidez nas costas.
Como é feito o diagnóstico?
O médico ortopedista faz o diagnóstico com o exame clínico, analisando o grau e a região da curvatura da coluna com o paciente de frente, de costas e de perfil. Além disso, podem ser solicitados exames de imagem. Confira alguns deles a seguir.
Raio-X
É um procedimento rápido e indolor que permite verificar as estruturas internas do corpo, como os ossos, por meio da emissão de doses baixas de radiação ionizante. É possível descobrir lesões que afetam os discos e as articulações.
O paciente deve ficar imóvel e seguir as instruções do técnico ao fazer o raio-X. Assim, haverá nitidez nas imagens e, consequentemente, um diagnóstico mais preciso.
Tomografia computadorizada
A tomografia também utiliza o raio-X para a obtenção das imagens, no entanto sua tecnologia produz laudos com altíssima resolução, que permitem observar detalhes de órgãos internos, ossos, tecidos e até vasos sanguíneos. Dessa forma, é possível construir uma imagem tridimensional da coluna do paciente, com a identificação da cifose e de outros desvios.
Ressonância magnética
A ressonância magnética é um exame indolor que faz uso do eletromagnetismo para obter imagens em alta definição e três dimensões de estruturas internas do corpo. Com esse laudo, o médico consegue avaliar o posicionamento de vértebras e discos, indicando o tratamento mais adequado.
De que forma tratar o problema?
Depois que o paciente procura o médico e realiza os exames de imagem solicitados, consegue tratar a cifose. Veja a seguir as opções de tratamento.
Fortalecimento da musculatura
Atividades físicas específicas e com orientação — como natação, musculação, alongamento e pilates — ajudam na correção postural e na eliminação do desvio na parte superior das costas.
Fisioterapia
As sessões também têm o intuito de corrigir a postura, por isso são indicadas nos casos de cifose postural. Uma das técnicas utilizadas é o RPG (Reeducação Postural Globalizado), que trabalha os músculos e as articulações para corrigir desvios na coluna.
Uso de coletes vertebrais
Os coletes são indicados quando a cifose é diagnosticada na infância, pois limitam a progressão da doença com o crescimento da criança. A recomendação de colchões e palmilhas mais firmes também ajuda no tratamento.
Cirurgia
Para a cifose, o tratamento é sempre mais conservador, buscando a melhora postural. Contudo, em casos de desvios severos e progressivos, a indicação é o procedimento cirúrgico. Trata-se de situações especiais, em que a correção da coluna ocorre com o uso de parafusos e barras de titânio.
É preciso ter atenção com qualquer incômodo e desvio da coluna. No caso da cifose, por exemplo, a doença pode piorar com a idade — por isso, o quanto antes começar o tratamento, melhor para o paciente.
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